Posted by : Francisco Geo terça-feira, 17 de outubro de 2017

Rodoviarismo

O rodoviarismo no Brasil tornou-se uma política predominante no modal de transportes brasileiro, sobretudo a partir de meados do século XX.  
    
    O Brasil começou a investir, realmente, em rodovias somente ao longo do século XX. O auge dessa política veio com o governo JK, pois o processo de industrialização do Brasil, naquela época, demandava uma maior integração territorial, o que incluía, sem dúvidas, uma rede de transporte articulada por todo o território nacional.

·         Juscelino Kubitschek trouxe para o país a indústria automobilística, construiu a capital Brasília no interior do espaço brasileiro e promoveu a construção de várias rodovias importantes, essas ocupando praticamente todo o orçamento então destinado a transportes terrestres.

·         É o meio responsável pela maior parte dos fluxos de bens e pessoas no país, que priorizou a sua construção para favorecer as empresas estrangeiras do setor automobilístico e promover a entrada delas no país. A expectativa era estruturar o modal rodoviário a fim de propiciar a construção de polos industriais de automóveis no Brasil com o objetivo de ampliar a geração de empregos, embora hoje as indústrias desse setor empreguem cada vez menos trabalhadores, em função das novas tecnologias fabris.

Vantagens  
  • ·         Agilidade e rapidez na entrega da mercadoria em curtos espaços a percorrer.
  • ·         Vendas que possibilita a entrega na porta do comprador.
  • ·         Sistema porta a porta.
  • ·         Implantação rápida e em geral mais barata.

·          
Desvantagens  
  • ·         As estradas costumam ter um custo de manutenção mais elevado do que outros meios de transporte, como o ferroviário e o hidroviário, além de um maior gasto com combustíveis e veículos.
  • ·         A qualidade das rodovias no Brasil é bastante ruim, além da larga quantidade de estradas não pavimentadas.
  • ·         Elas oneram os gastos públicos, que muitas vezes não conseguem atender às necessidades principais, fator que não se modifica nem com as privatizações, uma vez que as concessões costumam ocorrer apenas com as estradas que já estão prontas e estruturadas.
  • ·         Baixa capacidade no transporte de carga, quando comparado às hidrovias e ferroviárias.
  • ·         Altos custos (combustíveis)
  • ·         Emissão de gases (queima de combustíveis fósseis)

Ferrovias

transporte ferroviário no Brasil foi predominante até o final do século XIX, quando estruturava os deslocamentos de mercadorias da economia cafeeira, sendo, por essa razão, bastante consolidado na região Sudeste.
Apesar dos elevados custos em suas construções, possuem baixos gastos em manutenção, o que não impediu que, de 1950 até os dias atuais, várias delas fossem sucateadas e até desativadas.

Vantagens
  • ·         Alta capacidade de carga.
  • ·         Rapidez no trajeto.
  • ·         Menos consumo de combustível.
  • ·         Menor custo de manutenção comparado as rodovias.
  • ·         Não geram congestionamento.

Desvantagens
  • ·      Altos custos de implementação.
  • ·       Baixa flexibilidade.


Após a privatização de boa parte das ferrovias nacionais na década de 1990 e da derrocada da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), empresa estatal responsável por administrá-las, a participação das ferrovias no Brasil até aumentou, apesar de atender interesses e deslocamentos muito específicos e limitados. Ainda hoje, a malha ferroviária nacional concentra-se nas regiões Sul e Sudeste.

A principal ferrovia no Brasil em construção é a Ferrovia Norte-Sul, que já possui algumas áreas concluídas e em operação (ou com uso e operação a serem efetuados em breve).
Corredor Bioceânico é o termo com o qual se batizou o projeto de ligação por meio de ferrovias e rodovias os países do MERCOSUL e também o Chile, destinado a incrementar as comunicações entre os países da região, fomentando assim maior comércio, infraestrutura e desenvolvimento. As extremidades do corredor localizariam-se justamente em portos de ambas as costas, tanto para o Oceano Atlântico como para o Pacífico, justificando assim a caracterização "bioceânico".

Hidroviário

Transporte hidroviário é o que possui a menor representatividade e participação nos sistemas de deslocamento nacional, o que é uma grande contradição, haja vista o grande potencial que o país possui para esse modal.

No Brasil, a rede hidroviária é muito ampla e muitos rios são navegáveis sem sequer exigir a construção de grandes empreendimentos e estruturas, como obras de correção e instalação de equipamentos.

A partir dos anos 1980 e sobretudo após a criação do Mercosul, que passou a exigir mais das hidrovias para a integração do Cone Sul, os investimentos públicos nessa área elevaram-se, mas ainda são insuficientes. As principais hidrovias do Brasil são a Tietê-Paraná, a do Rio São Francisco, a do Amazonas, entre outras.

Vantagens
  • ·         Alta capacidade no transporte de carga.
  • ·         Baixo consumo de combustível.
  • ·         Possibilita a integração continental.

Desvantagem
  • ·         Investimento inicial alto, com a infraestrutura portuária e embarcações.
  • ·         Custos operacionais e de manutenção também elevados.
  • ·        Transportes mais lento.
  • ·  Problemas ambientais como a construção de portos, alargamento de canais, vazamento de combustíveis.
  • -    O potencial hidroviário é muito mal aproveitado. Portos pequenos. Pouco mecanizado.

Aéreo

Apesar de percorrer grandes distâncias (nacionais e internacionais) em tempo reduzido, o transporte aéreo não é muito indicado para transportar grandes cargas. De tal modo, é indicado para transportar cargas pouco volumosas, sendo utilizado geralmente para transportes de produtos perecíveis, cargas urgentes e objetos valiosos.

Desvantagem do transporte aéreo - são os altos custos de manutenção, implementação, fretes e combustíveis em relação aos outros meios de transportes.



  

Fontes:








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Quem sou eu

Formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF)(Licenciatura), Bacharel em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Curso de extensão em O&M pela Fundação Getúlio Vargas, Pós-graduado em gestão ambiental pela Ferlagos, Professor da rede estadual do Estado do Rio de Janeiro e da rede particular, professor de curso preparatório militar, cursos pré-vestibular.

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